sábado, 17 de abril de 2010

O vento trouxe-te


Ouvi falar de ti.
Poderia ter sido algo mau, mas não foi.
Lembrei-me dos cheiros, das cores.
Das ruas e dos passos.
Lembrei-me de ti e sorri.
Sorri por ti.
Sei que estás bem, que estás feliz.
E sorri por mim, que voei falésias à saída do labirinto.

Ouvi dizer que o teu sol brilha.
Que as tuas amarras te prendem.
Que dás passos confiantes no teu cominho…
E sorri.

O vento trouxe-te, na brisa que habita a minha sombra.
E eu sorri, por saber que lá continuas.
E por saber que o vento me leva a ti, na curva do mundo, no instante em que este, afinal, pára.

Um comentário:

Lis Barreto disse...

Saudade Imensa de Ti Dear...
Beijos da Lis!!

Eu hoje estou inabitável...
Não sei por quê,
levantei com o pé esquerdo:
o meu primeiro cigarro amargou
como uma colherada de fel;
a tristeza de vários corações bem tristes
veio, sem quê, nem por quê,
encher meu coração vazio...vazio...
Eu hoje estou inabitável...

A vida está doendo...doendo...
A vida está toda atrapalhada...
Estou sozinho numa estrada
fazendo a pé um raid impossível.

Ah! se eu pudesse me embebedar
e cambalear...cambalear...
cair, e acordar desta tristeza
que ninguém, ninguém sabe...
Todo mundo vai rir destes meus versos,
mas jurarei por Deus, se for preciso:
eu hoje estou inabitável...

-Abgar Renault-