sábado, 10 de julho de 2010

Use-me de amuleto


Leve-me consigo no bolso, aperte-me quando estiver com medo e tenha fé que estarei sempre ao seu lado.
Veja-me como especial e único.
Sorria em silêncio e lembre-se de mim quando estiver feliz.
Peça minha presença, opinião e proteção.
Mantenha-me sempre perto de seus olhos e coração.
Confie em mim.
Deixe-me ser sua torcida e gritar alto quando você vencer, ou lhe dizer baixinho ao pé do ouvido para não desistir quando o fracasso parece iminente.
Leve-me em seus caminhos.
Deixe-me ver seus passos e guiá-los.
Mas não me peça para trilhá-los por você.
Deixe-me inflar suas esperanças e esvaziar seus receios.
Guarde-me junto ao peito num momento difícil.
Chore comigo em suas mãos, mas sinta-se forte, pare num instante e sorria.
Ouça-me sempre, mas não siga-me todas as vezes.
Pois eu desejo apenas ser seu amuleto, não sua verdade ou razão.
Não uma bússola que indicará o caminho certo, mas um compasso que o ajudará a se manter firme no caminho que escolher.
E que o acompanhará num novo, se assim desejar.
E assim, meu querido amigo, seremos amuletos.
Traremos sorte um ao outro na forma de um abraço verdadeiro, longo e profundo.
Seremos protegidos por nossa cumplicidade.
E antes de mais nada, nos tornaremos fortes, pois nossa aliança não se desvencilha quando nos perdemos de vista por alguns instantes, meses ou anos, por ser feita pelo material mais resistente de todo o mundo.
E este você sabe qual é.

(Marina Avila)

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