sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Talvez um dia


Talvez um dia eu perceba que o tempo passou, que tudo mudou e que nada vai voltar a ser como foi em algum tempo.
Talvez um dia eu me dê conta que pouco conheço da vida e aquilo que vivi foram momentos como nuvens que se desmancham em gotas.
Talvez um dia eu note que cada instante me tornava uma parte essencial da rapidez do mundo, me tornava vivo, me tornava amigo.
Talvez um dia eu me recorde que fui dono de muitos sorrisos, de muitos conselhos, de múltiplos sentimentos, de variados sonhos.
Talvez um dia eu saiba ser amigo de verdade, podendo estar do teu lado, vivendo todos os motivos, partilhando cada momento.
Talvez um dia eu olhe ao meu redor e seja simplesmente o farfalhar de uma asa que acalma e emudece qualquer ruído.
Talvez um dia sejam somente os retalhos de saudade que me deêm sentido, mesmo assim ainda acreditarei.
Talvez um dia eu caia na real de que tudo foi ilusão e que tudo não passou de miragem, no entanto terei certeza que crer profundamente na amizade foi um exercício insuperável!

(Alex Mühlstedt)

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