domingo, 15 de maio de 2011

Amizade


O meu amigo apareceu e deixou uma centelha de luz na minha escuridão.
Era uma centelha pequenininha, mas forte o suficiente para desencadear a minha claridade.
Ele não fez muito, mas fez tudo o que era necessário para levantar-me.
O meu amigo surgiu em silêncio e murmurou uma canção de vida.
Disse poucas palavras e quase nenhum conselho, porém, era a expressão mais certa.
Ele simplesmente alertou-me dos perigos por onde eu andava.
O meu amigo chegou de mansino e, com carinho, acariciou minh'alma.
Eram afagos serenos e ternos, gestos simples e banais, mas carregados de sinceridade.
Ele olhou-me, não com olhar de censura, mas com um olhar de amigo verdadeiramente.
E foi aí, então, que compreendi a amizade como gesto de partilha.

(Alex Mühlstedt)

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