segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Da amizade



Ao ser amigo, eu deixo de ser singular, tenho regras, mesmo que implícitas, de conduta, de comportamento, de afeto.
Amizades fazem com que as pessoas consigam administrar um tipo de vida, ter projetos como indivíduo, atuar e cumprir seu destino na sociedade.
Amizade que acaba é porque nunca começou.
Se não for algo que sai do pragmático, do imediato, não é verdadeiro.
A disponibilidade de trocas a longo prazo é o que sustenta as parcerias no decorrer do tempo.
O que faz surgir aquela amizade "para sempre" está além das explicações da razão.
Não é optativo.
Todos tropeçam em pessoas com quem teriam esse tipo de relacionamento, mas podem reconhecê-las ou não naquele momento.
A longevidade da amizade é explicada por uma mistura de emoção e inteligência, sempre permeada de carinho.
As amizades longas são mais raras porque, mesmo que surgidas num golpe do acaso, dão muito mais trabalho.
Na amizade sólida, o tempo é uma contingência.
Não afasta, apenas adia.

Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo. Se amizade simplesmente acontece, surge e se estabelece pela afetividade, precisa do cadinho da razão para se manter..
Abrs..alf